Projeto Flórida | Crítica.23/2/2018 Com a chegada do verão em Orlando, um mundo de aventura e repleto de possibilidades se abre para um grupo de crianças, liderado por uma menina de apenas seis anos. Enquanto eles vivem as maravilhas da infância, os adultos ao seu redor lidam com tempos difíceis. Dirigido por Sean Baker, mãe e filha vivem em um hotel na beira de uma rodovia movimentada nos arredores de Orlando, com um roteiro que surpreende, crianças são colocadas como protagonistas, tendo em Brooklynn Prince a atriz principal, Christopher Rivera como Scooty, Valeria Cotto como Jancey, no elenco adulto, Willem Dafoe e Bria Vinaite como coadjuvantes da trama. O trabalho de câmeras de Sean Baker é primoroso, sempre colocando o expectador na altura das crianças, planos abertos e deixando os atores sempre no centro da tela. A fotografia se aproveita do por do sol, do comércio e casas abandonadas. O roteiro é bom e explora o dia-dia e conflitos dos “moradores” do hotel. Brooklynn Prince sustenta o filme, brinca, corre, chinga, pede moedas, toma sorvete, e chora. Faz do hotel o seu parque de fantasias, atua como como se fosse gente grande, faz o público rir, e se emocionar. Bria Vinaite está muito bem como Halley, expressiva, agressiva, irônica, podia muito bem ser indica a melhor coadjuvante. Willem Dafoe como gerente Bobby, tinha tudo pra ser o vilão, mais com o decorrer da trama o personagem evolui, se mostrando um defensor. Projeto Flórida retrata o mundo fantástico de uma criança, e em paralelo a isso traz a realidade de uma mãe que faz de tudo pra pagar o aluguel, e um gerente que tenta manter um hotel em ordem, tudo de maneira orgânica. A direção consegue apresentar um mundo crível do ponto de vista de uma criança e de um adulto. CORRE PRO CINEMA!
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