O capitão Salazar é a nova pedra no sapato do capitão Jack Sparrow. Ele lidera um exército de piratas fantasmas assassinos e está disposto a matar todos os piratas existentes na face da Terra. Para escapar, Sparrow precisa encontrar o Tridente de Poseidon, que dá ao seu dono o poder de controlar o mar. Um filme que a série precisava, que traz frescor, e leva de volta a essência da saga. Com muita aventura e comédia Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar é um acerto. Dirigido por Joachim Rønning e Espen Sandberg, e com um elenco remodelado a Vingança de Salazar é uma grata surpresa, e nos oferece uma trama simples e divertida, sem o clima pesado e sério dos filmes anteriores. Jack Sparrow continua dominando o filme, a trama toda se desenvolve em volta do personagem. Mais quem rouba a o filme é Javier Barden, com um vilão caricato e com muita presença em tela, por vezes se mostra assustador. Outro ponto alto do filme, são seus efeitos visuais muito bem feitos, com profundidade e que convencem o expectador. A trilha sonora continua excelente, nostálgica, e que te coloca dentro do universo pirata. Nem o clichês e previsibilidades do roteiro atrapalham a experiência. O grande mérito aqui é ser simples e resgatar o espírito do primeiro filme, divertido e despretensioso. Piratas do Caribe: A Vingança De Salazar é aventuresco, divertido, e resgata a essência do bom filme pirata da Disney!
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Alien: Covenant | Crítica.22/3/2018 A tripulação do navio-colônia Covenant, ligada a um remoto planeta no lado distante da galáxia, descobre o que eles acreditam ser um paraíso inexplorado, mas na verdade é um mundo escuro e perigoso. Dirigido por Ridley Scott, e estrelado por Michael Fassbender e Katherine Waterston, Alien: Covenant é uma “continuação” de Prometheus, mais peca em diversos aspectos. Com uma boa fotografia minimalista, e paisagens deslumbrantes, o filme é muito bonito, as naves parecem reais, armas e equipamentos utilizados pela tripulação é rico em detalhes. Outro bom aspecto é a mixagem de som, os movimentos e som do alien são bem destacados, o planeta também é bem explorado criando uma atmosfera envolvente. A trama peca em vários aspectos, o roteiro é o maior deles, a história é extremamente fraca, os diálogos são sonolentos, e prejudica também no ritmo do filme. Os personagens são descartáveis, impossível criaram qualquer tipo de empatia, suas decisões são piores ainda, caindo na previsibilidade dos filmes de terror genéricos. As atuações são prejudicadas pelo roteiro, quem se destaca mais é Michael Fassbender, com longos diálogos, é o único personagem que esboço algum tipo de história. A ação é confusa, a decisão de filmar com a câmera se mexendo o tempo todo atrapalha na compreensão, em alguns momentos você não entende o que está acontecendo em tela. O terceiro ato melhora, mais não salva o filme. Alien: Covenant, responde perguntas que ninguém queria saber, é por diversos momentos sonolento e arrastado. CORRA | Crítica.13/3/2018 Um jovem fotógrafo descobre um segredo sombrio quando conhece os pais aparentemente amigáveis da sua namorada. Dirigido por Jordan Peele, protagonizado por Daniel Kaluuya, e vencedor do Oscar de melhor roteiro, Corra flerta entre o terror e ação e surpreendente com um roteiro acertado. Com um clima de tensão do começo ao fim, o diretor acerta a mão com uma trama envolvente, que prende o expectador, a trilha sonora é outro acerto que contribuiu pro desenvolvimento e ritmo da trama. Mais o ponto alto do filme é realmente o roteiro, com camadas e críticas sociais, entrega bons diálogos, e deixa seus personagens cada vez mais interessantes. A História é crescente, a tensão só aumenta, você termina o filme uma pilha de nervos. O ponto negativo fica pela previsibilidade, no ato final algumas decisões ficam previsíveis demais, mais nada que te tire do filme. Daniel Kaluuya está excelente, com uma atuação muito expressiva. Temos aqui também bons coadjuvantes Allison Williams, Catherine Keener. O que mais se destaca é Lil Rel Howery, funciona como alívio cômico, e faz as vezes do expectador que a todo momento tenta orientar o personagem principal. Corra é um ótimo terror psicológico, pra quem gosta de suspense e clima de tensão, temos aqui um prato cheio, e ainda traz um roteiro com diversas camadas e críticas sociais. CORRA PRA ASSISTIR! O documentário, lançado em 2012, traz nos seus 240 minutos um verdadeiro presente para os fãs, que finalmente poderão ir além das entrevistas já conhecidas de que ninguém esperava pelo sucesso do filme original. Produzido e narrado pela atriz Heather Langenkamp, a Nancy dos filmes 1, 3 e 7, Never Sleep Again é dividido por capítulos que são referentes a cada filme da franquia, além da série para TV e Freddy Vs Jason. Apesar de ótimo para os fãs, Never Sleep Again: The Elm Street Legacy é ótimo para os amantes de cinema. Rico em detalhes técnicos, roteiro, entrevista com diretores, desenvolvimento de personagens, trabalho com atores, efeitos práticos em uma época que o CGI não existia, absolutamente tudo o que envolve uma produção de cinema por trás das câmeras. Pra você que estuda áudio visual, gosta de Cinema, e quer saber como as coisas funcionam, este documentário é um prato cheio. São quatro horas de muito conteúdo, que ajuda o expectador a entender e conhecer como funciona a indústria e as dificuldades de um estúdio pra produzir um filme de baixo orçamento. Fica nossa indicação desse grande documentário, que você cinéfilo tem a obrigação de assistir! 12 Heróis | Crítica.5/3/2018 O roteiro foi escrito por Ted Tally and Peter Craig, baseado no livro “Horse Soldiers”, do escritor Doug Stanton. A trama conta a história da primeira equipe de Forças Especiais americanas enviada para o Afeganistão logo após os ataques de 11 de setembro. Sob a liderança de um novo capitão, eles devem trabalhar ao lado de um general afegão para tentar destruir o Talibã. Dirigido por Nicolai Fuglsig, e com nomes no elenco como Chris Hemsworth, Michael Shannon e Michael Peña, 12 Heróis conta a história da primeira equipe de Forças Especiais americanas enviada para o Afeganistão logo após os ataques de 11 de setembro, para uma missão extremamente perigosa. Lá, eles devem convencer o general Dostum da Aliança do Norte para unir forças com eles para combater seu adversário comum: o Talibã e os aliados da Al Qaeda, usando táticas rudimentares dos soldados a cavalo afegão. Com uma edição acertada, 12 Heróis tem um bom ritmo. O filme começa apresentado seu personagem principal o capitão Mitch Nelson, a trama e as motivações dos personagens. Dinâmico, a história é interessante, e prende a atenção do público pelos fatos apresentados. O diretor tem a preocupação de mostrar varias tomadas aéreas, dando ao expectador uma dimensão geográfica do ambiente, e apresenta uma bela fotografia. Outro ponto a destacar é a mixagem de som, as cenas de tiros, helicópteros, mísseis, são muito vivas, e se destacam pelos efeitos sonoros, consequentemente as cenas de ação são empolgantes. O Roteiro está em função da história, e funciona dentro da trama, e favorece alguns personagens. Chris Hemsworth está bem como um líder, Michael Peña serve como alívio cômico do filme. O ponto negativo é por conta das inserções de humor durante a trama, algumas piadas por vezes perecem deslocadas dentro do contexto de guerra e peso dramático. 12 Heróis além de um bom entretenimento, tem uma história pra contar, os fatos históricos elevam a imersão da trama. 12 Heróis deve ser assistido na maior tela possível, e o som mais alto possível. A Tartaruga Vermelha | Crítica.1/3/2018 Homem sobrevive a um naufrágio e se vê em uma ilha completamente deserta. Ele consegue se manter, através da pesca, e tenta construir uma jangada que lhe permita deixar o local. Só que, sempre que ele parte com a embarcação, ela é destruída por um ser misterioso. Logo, descobre que a causa é uma imensa tartaruga vermelha, com quem manterá uma relação inusitada. Dirigido por Michaël Dudok de Wit, A Tartaruga Vermelha, surpreende em vários aspectos, e o maior deles é o fato de não ter diálogos, destacando outros pontos da animação. Rico em texturas, a animação é muito bem feita, vivida em cores, a floresta, o mar, tudo muito palpável ao expectador. A sacada do diretor é mostrar o universo através dos personagens, o que deixa a trama imersiva. Mais o que realmente se destaca são os efeitos de som, e prende a atenção do público, o som do mar, das árvores, a fruta que cai, os pássaros, deixando a natureza viva. A trilha sonora orquestral, é outro ponto alto, além de ser incrível, ela dita o estado dramático dos personagens, tristeza, alegria, incertezas, medo, tudo com muita sutileza. O ponto negativo fica por conta da duração, a história não preenche os minutos de tela, um pouco por conta da falta de diálogos, e em alguns pontos a trama fica arrastada. Talvez com meia hora a menos A Tartaruga Vermelha seria uma fábula excelente, com uma conclusão comovente. Ícaro - Netflix | Crítica.28/2/2018 Neste documentário indicado ao Oscar, um ciclista norte-americano mergulha em um gigantesco escândalo de doping envolvendo um cientista russo caçado por Putin. Dirigido por Bryan Fogel, e estrelado Grigory Rodchenkov, neste documentário o próprio diretor se coloca a prova do doping, criando um planejamento pra se dopar e tirar a prova se o antidoping funciona ou não. Um documentário é o mais próximo do real que nos temos dentro do cinema, e Ícaro mostra bem isso. Iniciado em 2014 com um propósito, o diretor Bryan Fogel acaba conhecendo Grigory Rodchenkov, e o documentário acaba tomando uma proporção e importância muito maior, logo é possível enxergar duas histórias, e saber quando uma acaba e outra começa. O documentário é levado pela história, pelos fatos, tudo documentado com extrema clareza, com intervenções de animação para o maior entendimento do público. Ícaro mexe com o expectador, da mesma forma que o diretor se envolve na história, quem assiste é constantemente surpreendido com novos depoimentos e descobertas. O documentário deixa o sentimento do que é real, será que é possível ainda acreditar no esporte limpo ? Ícaro é um excelente documentário, e não é à toa que foi indicado ao Oscar. Mudo (Netflix) | Crítica.26/2/2018 Em um futuro próximo, um homem mudo procura por sua namorada desaparecida no impiedoso submundo de Berlim, onde atitudes valem muito mais do que palavras. Dirigido por Duncan Jones, e estrelado por Alexander Skarsgård, Paul Rudd, Justin Theroux, “Mudo” tenta ter uma boa história, mais peca em diversos aspectos. Com um visual interessante, tudo ainda na onda de Blade Runner, o diretor tenta contar uma história, mais enche a trama de coisas desinteressantes e que não agregam em nada, são duas horas com pouquíssimas coisas que salvam. Com bons atores no elenco, os personagens não criam empatia, não existe nenhum tipo de desenvolvimento ou aprofundamento, pouco se sabe sobre eles. O roteiro confuso e inchado também não ajuda, por diversas vezes a direção perde o foco da trama principal, deixando o ritmo lento, arrastado, longo demais. A tentativa de criar um universo não funciona, nada parece crível, diferente do que já foi feito em outros filmes. O Vilão de Paul Rudd, talvez seja o personagem que tenha mais “desenvolvimento”, mais de forma equivocada, são coisas que não agregam ao personagem, por exemplo a tentativa de encontrar uma babá, um desperdício de ator. Mudo, tentar contar uma história, mais erra demais, e depois de uma hora de tela toda a trama se torna desinteressante e cansativa. Se você gosta muito de ficção-científica vale a tentativa de superar todos os erros que a direção entrega. Projeto Flórida | Crítica.23/2/2018 Com a chegada do verão em Orlando, um mundo de aventura e repleto de possibilidades se abre para um grupo de crianças, liderado por uma menina de apenas seis anos. Enquanto eles vivem as maravilhas da infância, os adultos ao seu redor lidam com tempos difíceis. Dirigido por Sean Baker, mãe e filha vivem em um hotel na beira de uma rodovia movimentada nos arredores de Orlando, com um roteiro que surpreende, crianças são colocadas como protagonistas, tendo em Brooklynn Prince a atriz principal, Christopher Rivera como Scooty, Valeria Cotto como Jancey, no elenco adulto, Willem Dafoe e Bria Vinaite como coadjuvantes da trama. O trabalho de câmeras de Sean Baker é primoroso, sempre colocando o expectador na altura das crianças, planos abertos e deixando os atores sempre no centro da tela. A fotografia se aproveita do por do sol, do comércio e casas abandonadas. O roteiro é bom e explora o dia-dia e conflitos dos “moradores” do hotel. Brooklynn Prince sustenta o filme, brinca, corre, chinga, pede moedas, toma sorvete, e chora. Faz do hotel o seu parque de fantasias, atua como como se fosse gente grande, faz o público rir, e se emocionar. Bria Vinaite está muito bem como Halley, expressiva, agressiva, irônica, podia muito bem ser indica a melhor coadjuvante. Willem Dafoe como gerente Bobby, tinha tudo pra ser o vilão, mais com o decorrer da trama o personagem evolui, se mostrando um defensor. Projeto Flórida retrata o mundo fantástico de uma criança, e em paralelo a isso traz a realidade de uma mãe que faz de tudo pra pagar o aluguel, e um gerente que tenta manter um hotel em ordem, tudo de maneira orgânica. A direção consegue apresentar um mundo crível do ponto de vista de uma criança e de um adulto. CORRE PRO CINEMA! Everything Sucks! | Crítica.22/2/2018 Em 1996, na cidade de Boring, alunos dos clubes de teatro e vídeo encaram os altos e baixos da vida adolescente nos tempos do vídeo-cassete. Dirigido por Ben York Jones e Michael Mohan, Everything Sucks!, tem uma boa premissa, tem ótimas referências, boa músicas, mais peca na falta de carisma de seus personagens. A série começa bem, com muita nostalgia dos anos 90, com um bom ritmo e chega a empolgar. Adolescentes deslocados ingressando no ensino médio, tentando se enturmar e encarar desafios da idade. Com tantos clichês, e coisas que já foram muito bem feitas em outras séries e filmes, a direção tinha o desafia de fazer isso tudo parecer novo a ponto de prender o expectador, algo que não acontece. O roteiro é fraco, a trama não empolga mesmo tendo bons temas envolvidos. A falta de carisma e entrosamento de seus personagens é o grande ponto negativo da série, você nunca acredita que os jovens são amigos de verdade, e nenhum deles carrega o peso dramática que as soluções exigem. Luke vivido por Jahi Di'Allo Winston, começa bem, mais o personagem sofre com o roteiro, que de forma brusca altera o desenvolvimento do personagem, em um momento ele é o cara legal, diretor do filme, e em outro ele é ignorante, briga com a mãe e com os amigos. O resto do elenco(Peyton Kennedy, Patch Darragh, etc) sofre com atuações fracas, Kate tinha o potencial de ser a o ponto alto da série pelos conflitos da personagem, mais devida à fraca atuação se torna desinteressante. Everything Sucks! apela pra nostalgia e músicas dos anos 90, mais peca no roteiro fraco, história desinteressante, e personagens que não cativam e más atuações de seus atores. Histórico |