A Tartaruga Vermelha | Crítica.1/3/2018 Homem sobrevive a um naufrágio e se vê em uma ilha completamente deserta. Ele consegue se manter, através da pesca, e tenta construir uma jangada que lhe permita deixar o local. Só que, sempre que ele parte com a embarcação, ela é destruída por um ser misterioso. Logo, descobre que a causa é uma imensa tartaruga vermelha, com quem manterá uma relação inusitada. Dirigido por Michaël Dudok de Wit, A Tartaruga Vermelha, surpreende em vários aspectos, e o maior deles é o fato de não ter diálogos, destacando outros pontos da animação. Rico em texturas, a animação é muito bem feita, vivida em cores, a floresta, o mar, tudo muito palpável ao expectador. A sacada do diretor é mostrar o universo através dos personagens, o que deixa a trama imersiva. Mais o que realmente se destaca são os efeitos de som, e prende a atenção do público, o som do mar, das árvores, a fruta que cai, os pássaros, deixando a natureza viva. A trilha sonora orquestral, é outro ponto alto, além de ser incrível, ela dita o estado dramático dos personagens, tristeza, alegria, incertezas, medo, tudo com muita sutileza. O ponto negativo fica por conta da duração, a história não preenche os minutos de tela, um pouco por conta da falta de diálogos, e em alguns pontos a trama fica arrastada. Talvez com meia hora a menos A Tartaruga Vermelha seria uma fábula excelente, com uma conclusão comovente.
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